Por: Paulo Renato Fernandes Vieira
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Eu e tu criamos um "nós" perfeito

terça-feira, 3 de março de 2015

Unbroken Things




Olá..

Sim sou eu mais uma vez. Já lá vai algum tempo que não estava deste lado a escrever para ti. Desta vez ausentei-me mais do que o normal, ausentei-me porque teve de ser, estava a necessitar. Estava a precisar de sentir saudades. 


Então e tu, sentiste saudades minhas?

Demorei, mas cá estou eu mais uma vez, como tantas outras vezes, a escrever para ti.

Como se por ventura fosse possível escrever sobre alguém que não tu..

Escrever sobre ti, para ti, é algo natural. Está agarrado a mim, está no meu ADN.

Mas chega de introduções e mordomias, tu melhor que ninguém conheces-me e sabes aquilo que estou aqui a fazer.

Estou aqui para te falar da saudade que tenho de ti, a saudade que tenho de mim, a saudade que tenho de nós. Estou aqui para te falar daquela saudade que me consome desde aquele dia de Inverno, em que me deixaste.

Desde aquele dia, a partir daquele momento...

A partir daquele momento em que me abandonaste, só porque sim, só porque teve de ser, eu nunca mais fui o mesmo, sinto-me revoltado com a vida. Depois de todo o nosso esforço, depois de todas as nossas lutas, depois de todas as nossas conversas, o destino achou engraçado pregar-nos uma partida da qual não conseguimos escapar.

Sabes, aquele dia marcou-me para sempre, desde esse dia até hoje, continuo sem o meu rumo, aquele rumo que só tu sabes dar.

Sabes, aquele caminho que sempre percorríamos? Eu percorro-o todos os dias, e todos os dias faço-o como se tu ali estivesses, a meu lado, a dar os mesmos passos firmes que outrora nos levavam ao nosso norte, mas que ultimamente só me levam ao devaneio.

Sabes aquele perfume que era "obrigatório" colocar sempre que saias? Ele continua a pairar no ar. 


Todos os dias faço o mesmo trajecto, sempre na esperança que tu estejas lá, no mesmo banco de jardim, a minha espera, aquele mesmo banco que combina-mos um dia, voltar a nos encontrar.

Sabes, desde aquele dia que na volta, o caminho torna-se mais pesado, mais escuro, muito mais difícil de percorrer. Na volta, o teu perfume como por magia já lá não está. Na volta, a desilusão abatesse sobre mim, e consome-me por completo. Todo eu, todo o meu ser é envolto numa grande tristeza. Por mais um dia eu fracassei, ainda ontem prometi a mim mesmo que ia seguir em frente, mas não consegui mais uma vez. Por mais um dia, caí na tentação de trazer de volta o passado, a um presente do qual ele não faz parte.

É mais forte do que eu.

Desde aquele dia, muito pode ter mudado, muita coisa pode já não ser o que foi um dia mas, se há coisa que nunca muda, nem mudará, é o facto de eu continuar aqui para ti, tal como um dia te prometi. 

Só porque, tu continua a ser a pessoa capaz de definir o meu rumo, continuas a ser a minha história de amor com páginas em branco, continuas a minha mais bela melodia, continuas a ser a minha paixão. Simplesmente contias a ser tu, e nada mais interessa, continuas a ser a tal, aquela pela qual enfrento os meus maiores medos.

Eu, vou estar sempre aqui, sentado naquele mesmo banco, a tua espera, à espera que o brilho do teu olhar volte a ser a luz que me guia.
Eu, vou estar sempre aqui, até que os meus olhos deixem de emitir o seu brilho natural quando te alcançam.

Independentemente de tudo, eu vou estar sempre aqui.

Apesar da distância que existe entre os nossos corpos, as nossas almas e as nossas mentes vão estar sempre ligadas. Espero que um dia os nossos corpos voltem a unir-se e que nós possamos voltar a ser um só, como um dia fomos.
Até esse dia?
Bem, até esse dia, eu vou estar aqui como sempre estive, à tua espera, até que a morte nos separe...



Uns chamam-lhe loucura, outros preferem apelidar de insanidade, eu pessoalmente prefiro chamar-lhe de amor, de paixão.

Amo-te!