Por: Paulo Renato Fernandes Vieira
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Eu e tu criamos um "nós" perfeito

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A Página Que Nunca Virei






Olá,

Sinceramente, não sei se faço bem ou mal ao estar aqui mais uma vez, a escrever para ti, ou sobre ti. Sinceramente hoje, nem sei bem o que vou escrever. É apenas mais uma tentativa de passar a "mensagem". 

É apenas mais uma tentativa no meio de tantas outras, mas nunca a última. 

Sim, eu sei que é algo que estás sempre à espera, de algo novo da minha parte, mas desta vez não sei o que esperas, desta vez não me disseste aquelas palavras que me inspiram sempre que escrevo. Nem das últimas "mensagens" tenho qualquer comentário. Desta vez preferiste responder com o teu silêncio.

Simplesmente, quero esgotar todas as minhas hipóteses, quero colocar as cartas todas na mesa e quero perceber o que o futuro me reserva. Quero simplesmente, caso "mensagem" não tenha o efeito desejado e não chegue ao seu destino, que caso um dia eu volte a pensar nisto, puder deitar a cabeça sobre a minha almofada, e não pensar "e se eu tivesse dito isto ou aquilo?"

Sabes, melhor que ninguém, que passamos por muita coisa juntos. 

Desde as nossas brigas tontas, até os momentos de maior cumplicidade, tu sabes o valor que tiveste e aquele que continuas a ter. É por isso que hoje eu continuo aqui. Por tudo isto, digo e continuarei a dizer, as coisas não podiam ter acabado assim, não daquela maneira. Sentimentos como o nosso não morrem do dia para a noite, não depois de tudo o que lutamos, não depois das lutas que tivemos de travar, só para nos apoderar-mos do tempo e criar um momento só nosso.

Lembraste da carta que um dia me escreveste?

Aquela mesma que escreveste com tanta vontade que consigo ver a paixão a transbordar em cada ajeitar de letra.
Lembraste dela?


Ainda hoje a guardo, não só por respeito à dedicação que nela depositaste,(sim eu sei que escrever não é o teu forte) mas pela força que ao ler as tuas palavras consigo transferir para mim.

Posso te confessar um segredo?

Todos os dias, antes de ir dormir, abro o livro onde a coloquei desde o primeiro dia, (ficou rigorosamente sempre guardada na mesma página, do mesmo livro) e leio-a. Leio-a porque me faz bem, porque me acalma nas noites de maior ansiedade e me revitaliza nas noites de maior derrotismo.

Quando termino, realizo sempre o mesmo ritual. Dobro-a, e guardo-a juntamente com a nossa foto, aquela que me deste juntamente com a carta, coloco-a rigorosamente no mesmo sítio, seco as lágrimas e vou dormir.

Sim, lembro-me de tudo. Das nossas brincadeiras parvas, das nossas conversas até de madrugada, das nossas brigas tontas onde dizias que a melhor parte era quando nos reconciliávamos. Sim eu lembro-me de tudo isto e muito mais. Aliás é impossível esquecer. E tu lembraste?

Então e agora? Será que desta vez não há volta a dar? Será que desta vez foi mesmo um adeus? Será que depois de tantas lutas, ainda vale a pena continuar na guerra? Vale a pena continuar a tentar?

Sabes, toda a vez que escrevo sobre ti, digo para mim mesmo, "esta será a ultima vez", mas não dá, escrever está na minha vida, escrever sobre ti está-me no sangue, é mais forte que eu.

Desde aquela última troca de olhares, que tudo continua na mesma, mas ao mesmo tempo tudo mudou. O sentimento continua aqui, mas por vezes, durante alguns momentos do meu dia, é consumido pelas saudades. Pelas saudades que sinto de ti, que sinto de mim, que sinto essencialmente de nós.

Como tu me conheces tão bem,
Como só tu sabes a maioria dos meus segredos, como tu conheces a maioria dos meus defeitos.

Hoje escrevo-te, para te responder à carta que um dia me deixaste, aquela que vou guardar para sempre. Hoje podes obter algumas das respostas, àquelas perguntas que um dia me colocaste e eu não fui capaz de responder no momento. 

Hoje mais uma vez, voltei a lê-la e cá estou eu novamente a escrever para ti.

Hoje, amanhã e sempre, eu estarei aqui à espera do teu regresso, no lugar do costume, pronto para responder a algumas das tuas perguntas,

Mas acima de tudo, 
Eu vou estar aqui sempre pronto para amar. Porque tu serás para sempre, o grande amor da minha vida, a minha paixão, a minha perdição, a mulher dos meus sonhos.

Serás para sempre aquela página que eu nunca conseguirei virar!

Hoje, amanhã e sempre, 

Amo-te!!

p.s. Em relação às outras perguntas, espera, um dia eu volto com as respostas.



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