Por: Paulo Renato Fernandes Vieira
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Eu e tu criamos um "nós" perfeito

terça-feira, 10 de maio de 2016

Hard Road






Hoje acordo, como em tantas outras noites adormeci. De caneta em punho, e com um bocado de papel na frente. Hoje o sentimento acordou primeiro que eu. Acordou mais forte e com mais vontade de triunfar.

Continuo sem perceber a anormalidade dos meus dias. Uns dias, o sol brilha lá fora e cá dentro, outros, o sol simplesmente deixa de brilhar como se deixasse de existir. Continuo sem perceber o porquê dos meus sonhos, sejam eles quando dormimos ou até mesmo aqueles que surgem quando estamos acordados. Continuo sem perceber o porquê deste sentimento que me consome e se ocupa de mim, do meu pensamento.

Mas mais uma vez estou aqui, como em tantas outras vezes, de caneta em punho, um bocado de papel e sem saber muito bem o que escrever, sem saber muito bem por onde começar. Mas lá encontrei o caminho para a varanda do meu quarto. Sentei-me na cadeira do costume. Naquela em que nos sentamos noites a fio, para conversarmos, para fazermos as nossas brincadeiras, ou simplesmente para estarmos ali a contemplar o céu na companhia um do outro. 

Está chuva lá fora, mas a tempestade encontra-se no meu interior.
O dia está escuro e frio, mas eu continuo aqui sentado. De manta sobre os ombros e com o papel sobre as pernas lá começo a escrever.

Sabes, não tem sido fácil viver com este sentimento todo no meu interior. Com este misto de sentimentos ainda por desvendar.
E então, sentiste saudades minhas? Eu senti tuas, continuo a sentir. Já não aparecia algum tempo.

Mas estou de volta...

Como em muitas outras vezes, tentei ir embora, mas o sentimento decidiu abandonar-me e ficar para trás, fazendo com que eu tivesse que voltar. O sentimento que me segura aqui, volta a ser mais forte que a vontade de partir. Partir por aí sem rumo, sem destino, sem norte.
Voltei, mais forte do que antes. Trouxe comigo a vontade de chegar a ti. Trouxe comigo aquela sede insaciável do teu beijo, do teu abraço, do teu olhar, do teu perfume, do teu amor!

Tem sido demasiado difícil, desde o adeus que custa sempre a ser dito, que nunca quer ser dito, até o abraço que fica sempre por dar.

Mas hoje eu estou aqui, não para falar daquilo que tenho sido sem ti, mas para te dizer que voltei a sonhar contigo. Voltei a sonhar enquanto dormia, e continuo a sonhar agora que estou acordado.
Sonho em puder-te chamar-te de meu amor, sonho puder olhar-te nos olhos e não precisar dizer nada para que percebas o que está a ser preciso ser dito. Sonho puder amar-te desenfreadamente, sem rodeios ou complicações, até o dia em que me faltem as forças para viver. 
Sonho puder sair à rua com os teus dedos entrelaçados aos meus, e sair por aí, passear pelo "nosso" jardim, ver o pôr-do-sol. Sonho puder definir-te como o meu norte, como o meu destino, como minha luz.  Hoje, mais do que nunca, sonho em ser o teu homem e fazer de ti a minha mulher. 

Hoje sonho contigo.
Hoje, mais do que nunca, sonho contigo, sonho comigo, sonho connosco.
Hoje, sonho com os meus sonhos!

E assim despeço-me de ti, voltei só para te dizer isto, agora tenho de ir, tenho que matar esta minha sede. 

Espero ver-te em breve,
Amo-te!

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