Por: Paulo Renato Fernandes Vieira
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Eu e tu criamos um "nós" perfeito

sábado, 31 de outubro de 2020

Welcome Back



Chegas, e contigo trazes aquele teu perfume característico, aquele perfume que levaste quando decidiste partir sem prometer um dia voltar. 

Chegas, e contigo trazes aquele raio de sol, que faltava para iluminar os meus dias de escuridão. Raio de sol que vem acompanhado daquele calor que só tu consegues transportar, capaz de me aquecer naqueles dias de inverno.

Chegas, e contigo trazes aquele olhar que me faz tremer por dentro, que faz com que a pulsação aumente a cada passo que dás, sempre confiante de ti mesma.

Chegas, e fazes com que tudo ao teu redor se torne um mero artefacto ilustrativo, fazes de ti o centro das atenções, todos os olhos são colocados em ti, não viesses tu tão esbelta como sempre, com esses teus cabelos longos ao vento, sempre um bocado bagunçados.


A cada passo que dás mostras a confiança que transborda por esse corpo, fazendo estremecer tudo o que te rodeia, fazendo o meu coração bater cada vez mais forte.


Chegas, e fazes de ti a dona do espaço, como se nada fosse capaz de te fazer dar um passo atrás, como se tudo o que te rodeia fosse teu, como se tivesses o controlo de tudo e todos. 

Chegas, e mal os nossos olhares se cruzam, o ambiente fica mais tenso, os nossos olhares fundem-se e tornam-se um só, os nossos corações unem-se e batem em simultâneo e em sintonia.


Os nosso corações tornam-se um só!


Caminhas em direção a mim, e o mundo começa a tornar-se pequeno para a imensidão de sentimento que os meus olhos transparecem, por voltar a ver-te no mesmo local por onde muitas vezes caminhamos de dedos entrelaçados. Caminho esse que um dia caminhamos juntos, hoje estás a percorre-lo sozinha, e apesar de quereres demonstrar confiança, eu melhor que ninguém, consigo perceber que esses passos são frágeis e com medo do incerto. 


A cada passo, um suspiro e por cada passo, uma arritmia cardíaca.


Aproximaste, e com as mãos trémules e sorriso corado, diriges as primeiras palavras. As primeiras desde aquele dia que decidiste partir, sem prometer um dia voltar. A boca estava seca, o nervosismo tomou conta dos nossos corpos. 

Convidei-te para te sentares no mesmo sítio que tantas vezes usaste como repouso, e tu com voz vacilante aceitaste. Debaixo daquela lua tornamos aquele momento só nosso, nada do que se passava nas redondezas nos preocupava. O importante era que estávamos ali novamente, a tornar aquele dia um dia único, a fazer de nós as pessoas, mais felizes do mundo.


"A cada toque um arrepio, a cada segredar um levitar de alma"


Chegaste, dona de ti e como se o mundo também fosse teu. Decidiste não voltar a partir.

E eu? Eu acordei, olhei o céu e tive a certeza que aquele sonho tinha sido demasiado real para não passar de um mero sonho. Voltei a deitar-me naquela relva que um dia foi a nossa melhor amiga, e aguardei que o teu perfume voltasse a pairar. 


Se eu sou o teu mundo, então posso dizer, tu és a dona do mundo, tu és a dona de tudo!


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